Marcelo Santos questionou opção da empresa por operação financeira analógica quando há ferramentas digitais mais seguras
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação de Tributos da Assembleia Legislativa do Espírito Santo ouviu nesta terça-feira (11) o representante legal da empresa Tofoli Madeiras, Delcídio Antônio Tofoli Júnior. A CPI recebeu uma denúncia anônima de um consumidor que afirma que a empresa não emite nota fiscal, mesmo quando requerido.
Na denúncia, o autor diz se sentir lesionado por não conseguir ter acesso ao cupom fiscal, reiteradas vezes, mesmo após solicitar à empresa, conforme estabelecido pelo Código de Defesa do Consumidor.
O empresário afirmou desconhecer a denúncia e declarou que a empresa emite nota fiscal conforme a legislação.
Ao ser questionado pelo deputado relator, Marcelo Santos, sobre a modalidade utilizada pela empresa para pagar seus fornecedores, Tofoli disse efetuar pagamentos à vista, utilizando dinheiro em espécie. “O contador pede cópia do cheque que estamos utilizando para pagamento da nota fiscal. Nós mesmos sacamos o valor e depositamos em outra conta”, contou o empresário.
Intrigado, Marcelo Santos determinou envio de questionamento para funcionária responsável pela contabilidade da empresa. “Se há a possibilidade de fazer transferências eletrônicas através de TED, com total segurança e a empresa continua pagando à vista, sacando grandes quantias em dinheiro, isso precisa ser justificado”, explicou o parlamentar que não descarta solicitar a quebra de sigilo bancário e fiscal da empresa para possíveis esclarecimentos.
O prazo para a funcionária se manifestar se esgota na próxima sexta-feira (14).
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