A possibilidade de instalação de barreiras de proteção na Terceira Ponte, compostas por cabos de aço sustentados por hastes verticais inclinadas, ganhou força nesta segunda-feira (09) após realização de visita técnica ao local. Após a agenda, proposta pela Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa, o presidente do Colegiado, deputado estadual Marcelo Santos, anunciou que irá pedir ao ES em Ação, entidade empresarial, que auxilie na intermediação com empresas que possam arcar com os custos da instalação do equipamento.
Participaram da visita técnica, além do presidente da Comissão de Infraestrutura, o diretor da Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (Arsp), Júlio Castiglioni Neto; o diretor-presidente da Rodosol, Geraldo Caetano Dadalto; e representantes do Conselho Regional de Engenharia (Crea-ES).
O objetivo da visita era conhecer de perto o projeto de instalação da barreira de proteção, que tem custo inicial estimado em R$ 13 milhões. A alternativa de proteção da Terceira Ponte começou a ser estudada porque a via se tornou um “hot spot”, local público e acessível com frequentes ocorrências de tentativa de suicídio.
“Qualquer investimento vale à pena se for salvar pelo menos uma vida. Estamos buscando parcerias privadas, principalmente de grandes empresas poluidoras no Estado, para realizar esse projeto. Amanhã mesmo (terça-feira, 10) vou apresentar oficialmente à Arsp e ao ES em Ação essa ideia. Por mais que grandes empresas tenham investimento elevado no Espírito Santo, gerando renda e empregos, elas possuem um passivo ambiental e a contrapartida é importante, ainda que seja apenas com a matéria-prima, que elas mesmas produzem, por serem mineradoras”, disse Marcelo Santos.
“Nós temos quatro estudos feitos pela Rodosol. O primeiro, que era a proteção em vidro, foi descartado porque a manutenção seria muito difícil, além do desconforto climático. Agora nós estamos estudando e fazendo a pesquisa de mercado para as hastes metálicas. Estamos aguardando a manifestação do Ministério Público Estadual e nós estamos tentando equalizar o custo da obra”, complementou Castiglioni.
O diretor da Arsp reforçou ainda que a intenção não é repassar o custo para quem utiliza a via e paga pedágio. Inclusive, de acordo com o contrato de concessão, o valor pago pelos usuários da ponte é exclusivo para manutenção da via, não podendo ser usado para investimento.
Em reunião anterior da Comissão de Infraestrutura, realizada em 18 de julho, na Assembleia Legislativa, com a presença do diretor da Arsp, o colegiado de Infraestrutura também debateu o assunto, quando foi definida a visita técnica à Terceira Ponte.
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