Pontes e viadutos de Cariacica e Viana carecem de manutenções preventivas imediatas

Comissão de Infraestrutura da Assembleia e Associação de Engenheiros verificaram a situação das estruturas. Ponte entre São Francisco e Vila Bethânia apresenta pior resultado

Estruturas sem manutenção podem ocasionar acidentes gravíssimos. E é exatamente este cenário que membros da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Coinfra), em parceria com a Associação Brasileira de Engenharia Civil no Estado (Abenc-ES) querem evitar. Na manhã desta segunda-feira (22), representantes do colegiado e da associação vistoriaram o viaduto sobre a BR 101 (Rodovia do Contorno) no bairro Tabajara, em Cariacica, a ponte sobre o Rio Bubu, em Porto de Cariacica, a ponte ligando Cariacica e Viana entre São Francisco e Vila Bethânia e a caixa d’água do bairro São Francisco que será demolida pela Cesan.

No viaduto, que agora está sob responsabilidade da Eco 101, foi verificado desplacamento com perda de cessão de concreto, deixando a estrutura metálica exposta, além de uma longarina que possivelmente foi atingida por um caminhão. “O viaduto carece de investimentos em guarda-corpo, passarela, com desplacamento de concreto, que pode causar um acidente gravíssimo caso atinja um condutor. Não há risco de queda, mas carece de uma manutenção preventiva para dar segurança a quem trafega pela rodovia. Vou pedir que a concessionária acelere as ações de manutenção nesse viaduto para evitarmos um acidente grave por ali, além de solicitar que nos envie, em até 30 dias, um planejamento de ações emergenciais”, disse o deputado Marcelo Santos, que preside a Coinfra na Assembleia.

Além desses problemas, o vice-presidente da Abenc, o engenheiro Jaime Veiga, acrescenta a falta de uma escada hidráulica em uma das cabeceiras do viaduto. “A escada hidráulica está com o fluxo interrompido ocasionado pelo acúmulo de lixo e plantas e na outra ponta não há esse sistema, ocasionando o acúmulo de material na faixa de rolamento, atrapalhando o trânsito e o asfalto está danificado.”

Na ponte que liga Viana e Cariacica, o cenário é o mais preocupante, já que a estrutura, mesmo reforçada, já cedeu mais de 30 centímetros. “Essa ponte foi construída há muitos anos e não previa um crescimento exponencial de Viana como ocorreu nos últimos tempos. Essa ponte já cedeu, temos problemas graves e acredito até que precisa ser reconstruída. Vamos solicitar uma agenda com o governador para que possamos debater essa intervenção já que irá atuar na interligação da BR 447 com a Rodovia Leste Oeste, beneficiando o setor logístico e a qualidade de vida da população da região que trafega por ali”, contou Marcelo Santos.

Para o prefeito de Viana, Gilson Daniel, a ação é urgente. “Já temos um projeto e pedimos para que o DER fizesse uma atualização desse projeto já que a ponte cedeu mais e com mais rachaduras e precisa de intervenção urgente. Essa ponte tem um tráfego intenso de veículos, com acesso a um grande empreendimento residencial, ao parque industrial de Viana, então uma obra nessa ponte é de uma importância muito grande para nossa cidade como também para Cariacica.”

Já na ponte sobre o rio Bubu, em Porto de Cariacica, o que preocupa o deputado é a falta de guarda-corpo e passarela para pedestres. “Essa ponte não tem uma passarela que garanta aos pedestres o mínimo de segurança para passar por ali, com um grande fluxo de veículos transitando em alta velocidade. Nela também há desplacamento de concreto na parte inferior da ponte comprometendo as ferragens, carecendo de ações urgentes, mas sem risco iminente de colapso, mas precisamos cobrar ao DER que tomem atitudes o mais rapidamente possível. Vamos cobrar essas intervenções e também a instalação de lombadas para reduzir a velocidade dos motoristas.”

Caixa d’água

Já com previsão de ser demolida, uma caixa d’água no bairro São Francisco, em Cariacica, deixa o cidadão em perigo, já que o concreto está se soltando e pode atingir frequentadores da praça do bairro. Mesmo interditado com tapumes, o local funciona como abrigo para usuários de drogas, causando medo nos moradores do entorno. “Precisamos saber qual o planejamento para que essa caixa seja demolida e não gere mais transtornos a quem utiliza essa praça e, além disso, vamos cobrar da Cesan o motivo de determinar que o valor para essa demolição seja sigiloso, enquanto que a transparência é algo que precisa estar cada vez mais presente na administração pública”, comentou Marcelo Santos, que estranhou o fato de a estatal determinar valor sigiloso no edital de contratação de empresa para execução da obra.